O pânico se instaurou em no mundo da televisão nos últimos dias. Sem uma audiência correspondente, os anunciantes fugiram e a demanda pelos produtos nas emissoras diminuíram, fazendo com que as receitas fossem ao chão.
Resultado esse que fez mexer na contabilidade das empresas, para não causar prejuízo no final do balanço, ter que enxugar a folha e economizar no que dá é a chance dos canais se manterem. Tal contingenciamento é responsável pela demissão de centenas de profissionais na maioria das TVs.
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SBT
O ADTV noticiou semana passada que, o SBT precisou diminuir o custo de suas produções, tendo que cortar em viagens, convidados e onde mais pudesse diminuir, além da dispensa de alguns profissionais para evitar prejuízo no final do ano.
Crise na TV Cultura
A crise também chegou na TV Cultura, mantida pelo governo do estado de São Paulo. O jornalista Ramiro Zwetsch, que dirigia o Estação Livre, afirmou em suas redes sociais que mais oito profissionais foram desligados da TV.
“Não se sabe ao certo ainda o número final de pessoas demitidas, mas são algumas dezenas. Fala-se em quase 100. No caso do Estação, de uma equipe de 10 pessoas, apenas uma foi mantida”, relatou.
Ramiro ainda enfatizou que, a dispensa tem afetado, principalmente, profissionais negros. “O nosso programa ficou no ar por três anos e cinco meses, produzimos 162 edições e eu boto muita fé no trabalho que entregamos. Acho importante enfatizar que o nosso compromisso com o protagonismo negro na tela se refletia também na composição da equipe — havia 8 pessoas negras, 7 delas mulheres. Não é preciso dizer que esse cenário é raríssimo nas redações e eu lamento profundamente esse passo pra trás”, frisou.
Outras produções do canal como Entrelinhas, Brasil Mostra Sua Cara, Negros em Foco, Giro Econômico, Legião Estrangeira, Balaio e Na Cadência do Samba foram afetados. As verbas insuficientes seria o motivo do corte. A programação da emissora terá reprises para preencher o buraco.
CNN Brasil
Ainda de acordo com a reportagem do ADTV, a CNN também está tendo dificuldades para manter sua estrutura. A emissora de notícias chegou ao Brasil em 2020, atraindo centenas de profissionais a peso de outro de emissoras como Globo, Record e SBT.
Sem dar o resultado esperado na publicidade e audiência, a CNN fez cortes e segue operando com uma estrutura na qual está com dificuldades para se manter.
