Na última sexta-feira, 5 de setembro, um juiz federal da Califórnia, nos Estados Unidos, autorizou Bang Chan (nome de batismo Christopher Chan Bang), líder do Stray Kids, a solicitar informações à plataforma X (antigo Twitter) sobre perfis que publicaram vídeos deepfake envolvendo seu nome. O material, que circulou nas redes sociais, continha conteúdo de caráter explícito e racista, o que levou o artista a buscar amparo legal.
Chan afirmou que as gravações são falsas e que prejudicam não apenas sua reputação, mas também seu bem-estar. “Os vídeos são falsos. Eu não concordei com a criação ou publicação deles”, afirmou seu lado. O cantor destacou ainda que nunca deu autorização para que sua imagem fosse utilizada dessa forma e reforçou que o impacto emocional causado foi significativo.
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Entenda a ação judicial contra os deepfakes
O processo foi iniciado rapidamente. No dia 1º de setembro, Bang Chan entrou com o pedido na Justiça americana. Dois dias depois, em 3 de setembro, seu colega de grupo Felix apresentou uma solicitação semelhante contra outros usuários anônimos. Ambos os casos tiveram aprovação no mesmo 5 de setembro.
Segundo os documentos, duas contas da rede X utilizaram inteligência artificial para inserir o rosto de Bang Chan em clipes manipulados, criando a ilusão de que o cantor teria feito declarações obscenas e racistas. A equipe jurídica do artista deixou claro que as publicações causaram estresse e mancharam sua imagem como figura pública e como cantor.
Com a decisão do tribunal, Bang Chan agora tem o direito de solicitar formalmente à X dados básicos dos responsáveis pelas contas, incluindo endereço de e-mail, número de telefone vinculado e informações de IP utilizadas nos acessos. Caso a empresa forneça os registros, eles poderão ser utilizados na Coreia do Sul para identificar os réus e avançar com um processo de difamação no Tribunal Distrital Leste de Seul. Felix, por sua vez, move uma ação separada, também em busca de responsabilização.
O advogado Jeong Kyung Seok, da Riu Law Firm, é o responsável pela condução do processo no lado coreano. Ele tem experiência em casos semelhantes, sendo conhecido por rastrear o operador do canal do YouTube “Taldeok Camp”, acusado de espalhar boatos online. Esse processo anterior resultou, após recurso, em uma indenização de cerca de US$ 38 mil e em medidas adicionais para assegurar o pagamento, o que fortalece a confiança na atuação do advogado neste novo caso.
As aprovações judiciais representam um avanço importante tanto para Bang Chan quanto para Felix. A partir delas, os dois artistas possuem um caminho concreto para identificar quem está por trás das contas responsáveis pelos vídeos, levar os responsáveis à Justiça na Coreia e buscar reparação pelos danos causados.