Conheça a história real que inspirou o rei do drama coreano ‘Bon Appétit, Vossa Majestade’

Bon Appétit, Vossa Majestade (Foto: Reprodução/Youtube)
Bon Appétit, Vossa Majestade (Foto: Reprodução/Youtube)

No dia 23 de agosto, a tvN lançou o dorama Bon Appétit, Vossa Majestade, que rapidamente se tornou um dos maiores sucessos do momento. A trama, inspirada na web novel “Sobrevivendo como o Chef de Yeonsan Gun”, escrita por Park Kook Jae, também está disponível mundialmente pela Netflix e conquistou grande audiência logo em seus primeiros episódios.

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Com previsão de encerrar a temporada no fim de semana de 27 e 28 de setembro, a obra promete novamente superar índices de audiência. Nesta última semana, inclusive, alcançou o melhor desempenho desde a estreia, registrando média nacional de 15,8% segundo dados da Nielsen Korea, divulgados pelo portal Soompi.

O enredo que mistura romance, fantasia e gastronomia

A série acompanha a trajetória de Yeon Ji Yeong (Lim Yoona), uma chef de renome que estava prestes a assumir o comando de um restaurante três estrelas Michelin em Paris. Contudo, após folhear um livro de receitas durante um eclipse solar, ela é misteriosamente transportada para o período da Dinastia Joseon, na Coreia.

Nesse novo tempo, Ji Yeong cruza o caminho do tirano rei Yi Heon (Lee Chae Min), um homem marcado por traumas da infância após a morte da mãe. Para salvar a vida da protagonista, ele decide torná-la sua chef particular. A partir daí, momentos de tensão, romance e experiências gastronômicas se entrelaçam, abrindo espaço para que ambos descubram novas formas de encarar o destino e, quem sabe, reescrever a própria história.

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Apesar da ficção, a narrativa se apoia em um cenário histórico real, já que a dinastia Joseon existiu de 1392 a 1897, sendo a última da Coreia antes da proclamação do Império Coreano e da ocupação japonesa em 1910. Além disso, Yi Heon foi inspirado em um monarca verdadeiro, o controverso rei Yeonsangun.

O rei da vida real que inspirou a obra

O soberano Yeonsangun, décimo rei da dinastia Joseon, governou entre 1494 e 1506. Ele ficou conhecido não apenas por reforçar a defesa nacional, mas principalmente por perseguições e abusos contra o povo. Assim como na ficção, perdeu a mãe ainda jovem, a Rainha Yun, condenada à morte por veneno após se envolver em conflitos com a família real.

Esse trauma moldou a personalidade do monarca, que, ao descobrir a verdade sobre a morte da mãe, intensificou comportamentos violentos e vingativos. Entre seus atos mais marcantes, estão a expulsão de milhares de famílias para construir campos de caça e a transformação de espaços culturais, como a universidade Sungkyunkwan, em áreas de lazer pessoal.

Irritado com críticas, Yeonsangun proibiu o uso do hangul, sistema de escrita criado pelo rei Sejong, e determinou punições severas, como espancamentos e decapitações, para quem desrespeitasse a ordem.

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O fim de um reinado temido

Diferente da versão romântica do dorama, o rei real nunca suavizou sua conduta. Casado com a rainha Jeinwondeok, teve filhos com ela e também com concubinas, entre elas Jang Nok-su, que o apoiou em muitas decisões tiranas. Em 1506, foi deposto por oficiais, rebaixado ao título de príncipe e enviado ao exílio na Ilha Ganghwa, onde morreu meses depois.

Sua amante Nok-su foi decapitada, e os filhos que sobreviveram também foram condenados à morte. Já a rainha deposta Shin, apesar de perder o título, recebeu tratamento respeitoso do novo rei, Jungjong, seu cunhado. Ela faleceu em 1537, aos 60 anos, e foi sepultada ao lado de Yeonsangun em Yangju, província de Gyeonggi.

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