Na terça-feira, 15 de julho, Vitória Drumond Medeiros, filha de Geraldo Medeiros Júnior, piloto que conduzia o avião acidentado que vitimou Marília Mendonça, se pronunciou novamente sobre o acordo feito entre as famílias das vítimas e a seguradora MAPFRE. O foco da indignação foi a maneira como os valores do seguro por morte foram distribuídos, com a maior parte destinada à família da cantora.
Vitória questionou a forma como a divisão foi conduzida e lamentou que as famílias tenham aceitado o acordo em silêncio. Segundo ela, o luto e o medo de retaliações pesaram na decisão de não se manifestarem publicamente anteriormente. “A injustiça foi feita”, disse. Ela também comentou sobre o receio de não serem ouvidos pela opinião pública. “Nós éramos a parte mais frágil da corda, né? Em quem vocês iam acreditar? Numa anônima ou na mãe da figura mais famosa de sertanejo do Brasil?”, questionou.
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Versões divergentes e acordo judicial
A mãe de Marília Mendonça, Ruth Moreira, disse em entrevista ao programa Fantástico que a partilha foi definida pela Justiça. “Eu não conversei com nenhuma daquelas pessoas. O advogado disse que o juiz entendeu que a maior parte teria que ser da Marília. Foi uma decisão do juiz”, afirmou. Já a MAPFRE informou, por meio de nota, que o acordo foi realizado com base em critérios técnicos e que todos os envolvidos consentiram judicialmente, embora os valores específicos não tenham sido revelados.
Em seu desabafo, Vitória explicou que o silêncio das famílias foi motivado pelo sofrimento intenso. “Nós todos estávamos no período de luto, sabe? Cada família estava vivendo o seu luto, momentos muito delicados.” Ela ainda destacou que pensou em ir à mídia, mas temia ser atacada. “Pensei isso não vai ajudar em nada e pode até piorar.”
A filha do piloto também revelou que foi a única a se posicionar contra o acordo nos momentos finais da negociação. “Eu fui acusada até de ser gananciosa, mas, pelo contrário, eu só queria o justo para todo mundo”, afirmou. “Para mim, não, no de acordo com o documento é um seguro por morte. São cinco mortes, tem que ser igualitário.”








