A história de uma jovem atleta piauiense ganhou destaque ao mostrar como a paixão por um dorama transformou a rotina de uma criança e a colocou no caminho do esporte. Com apenas 10 anos, Luna Bezerra encontrou inspiração em uma série sul-coreana para iniciar na esgrima, prática pouco comum entre crianças da sua idade. A entrada nesse universo esportivo contou com o incentivo da mãe, Maria de Fátima Bezerra, que se tornou a maior apoiadora do sonho da filha.
O primeiro contato com a esgrima aconteceu de forma inusitada, quando Luna, ao assistir junto da mãe episódios da série, decidiu experimentar o esporte. Desde então, a menina vem se destacando e já é vista como uma das grandes promessas da esgrima no estado do Piauí. Mais do que uma atividade física, o esporte se transformou em um projeto de vida, carregado pelo desejo de um dia representar o Brasil em Olimpíadas.
VEJA TAMBÉM
O início de uma trajetória promissora
“A gente sempre assiste juntas. Eu sou apaixonada, dorameira de carteirinha. Aí ela observou os combates com a espada e falou que queria fazer esgrima. Eu sou aquela mãe que embarca nos sonhos junto com ela”, disse Maria de Fátima, mãe da Luna.
Para que esse desejo se tornasse realidade, Luna conheceu o projeto de esgrima coordenado pelo professor Moisés Carvalho. Foi nesse espaço que ela começou a treinar e rapidamente a colher resultados. Em pouco tempo, já conquistava medalhas em campeonatos locais, mesmo enfrentando a desvantagem de competir com atletas mais velhos e experientes devido à pouca idade.
“No dorama, a gente sabe que vai ter um final feliz, na vida real não sabe. Eu tenho que me inspirar, me esforçar e entregar o meu melhor. Eu ainda fico nervosa, porque sempre tenho que enfrentar uma pessoa mais velha ou maior que eu”, afirmou Luna.
O envolvimento com a modalidade também trouxe reflexos positivos fora das competições. Maria de Fátima destacou mudanças significativas no comportamento e no desempenho escolar da filha.
“Ajudou muito na atenção. Ela fazia as coisas muito rápido e não tinha a atenção devida, então, depois da esgrima, isso mudou muito. Principalmente na disciplina de matemática, na hora dos cálculos, e isso foi notório”, comentou Maria de Fátima, mãe da Luna.
Um futuro que mira os Jogos Olímpicos
O professor Moisés Carvalho, responsável pelo projeto, vê em Luna e em outros jovens atletas um grande potencial para transformar a realidade da esgrima no estado e até mesmo no país.
“A Luna como uma criança, ela faz parte da nova jornada da esgrima em Teresina. Um objetivo que eu vejo ele em seis a oito anos, é brigar por uma vaga olímpica, e é até um ciclo que a Luna vai participar, nesta fase de competir a nível internacional e olímpico. A gente cria uma base forte e sólida”, disse Moisés, professor de esgrima.
Além das conquistas esportivas, Luna já imagina como sua história poderia ser contada em uma produção semelhante às que tanto gosta de assistir.
“Eu quero uma série bem dramática, que seja bem parecida com a minha vida. Com todo processo de procura, de como foi, do apoio dos meus pais. Eu queria que isso tivesse na história”, comentou Luna.
