O relato de Megan Blain, uma jovem britânica de 19 anos, vem chamando a atenção pela sinceridade e pelo alerta que traz à tona sobre comportamentos compulsivos ligados à imagem corporal. Moradora de Seaham, na Inglaterra, Megan mantém há cerca de dois anos um hábito que reconhece como prejudicial: ela passa cerca de 30 minutos todos os dias em câmaras de bronzeamento. A jovem admite que, mesmo ciente dos riscos, não consegue parar. “Eu simplesmente gosto de como fico bronzeada”, declarou, ressaltando que o tom escuro da pele realça as cores vibrantes das roupas que costuma usar.

Mas sua obsessão pelo bronzeado vai além das câmaras artificiais. Ela também utiliza injeções que alteram a pigmentação da pele, mesmo admitindo que já superou qualquer limite considerado seguro. O próprio corpo começou a enviar sinais de alerta: Megan percebeu o surgimento de uma mancha suspeita, cuja forma e tamanho mudam. Ainda assim, o medo e a resistência a enfrentar o problema a impedem de procurar ajuda médica. “Tentei ir ao médico umas cinco vezes, mas continuo congelando na porta”, revelou, expondo seu conflito entre a preocupação com a saúde e a dificuldade em abandonar o vício.

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O aspecto mais preocupante surge quando ela relata que nem mesmo a possibilidade de estar desenvolvendo um melanoma, uma das formas mais agressivas de câncer de pele, conseguiu fazê-la parar. “Sou uma pessoa que se preocupa com qualquer coisa, então, para mim, não me preocupar com a possibilidade de ter um melanoma e ainda abusar das bronzeadoras me fez perceber que isso é um vício”, explicou.

Mesmo diante de uma ameaça potencialmente fatal, Megan parece emocionalmente distanciada da gravidade da situação. “Nem me assusta a possibilidade de ter melanoma e se transformar em algo com risco de vida, não me assusta nem um pouco”, confessou, revelando uma relação preocupante entre aparência e saúde que, segundo especialistas, pode indicar um quadro de dependência psicológica.