Jayme Monjardim, dispensado pela TV Globo em julho deste ano, confirmou a produção de uma novela para a Band. O diretor anunciou a parceria com o canal para uma trama chamada de Romaria, que aborda a fé por meio da história de Nossa Senhora aparecida e de uma família que foi separada pelos problemas da vida.
O diretor contou sua ida para a Band num vídeo publicado no Instagram. “A gente chegou na Bandeirantes, a Bandeirantes de braços abertos para a gente, o que é muito expressivo. É uma emissora que sempre teve uma visão do Brasil muito otimista. Essa parceria acabou acontecendo. Estamos num processo de finalização, em breve, começa todo o trabalho da escolha do elenco e de locações”, frisou.
Jayme ainda contou sobre a novela do canal. “Nossas vidas, querendo ou não, são grandes romarias. Eu acho uma das coisas mais difíceis da vida é quando a gente ainda não sabe o que quer, mas quando a gente define ‘não, eu quero ir daqui até ali, e aí vai ser nossa romaria’, a unica coisa que vai nos movimentar para esse espaço é a fé”, disse.
“Eu digo que, quando a gente fala de fé, independe de qualquer religião. Daí nasceu Romaria. A gente conta a história de Nossa Senhora Aparecida, como ela chegou ao Brasil, que foi através do padre Sepp [1655-1733]”, contou.
O diretor ainda contou mais detalhes na legenda de sua postagem no Instagram. “A vida é uma romaria, cheia de desafios, escolhas e, principalmente, muita fé. É essa a essência que estamos trazendo para a nova novela Romaria, uma história que carrega não só a devoção a Nossa Senhora Aparecida, mas também a força dos laços de família e da busca pelo que realmente importa”, disse.
Desde que deixou o elenco da TV Globo, o diretor já havia explorado que queria trabalhar em projetos de sua produtora. À revista Veja, ele contou que ainda deseja desenvolver uma série sobre Pelé (1940-2022) e um filme sobre Maria Bonita (1911-1938) e outro sobre o médico, seminarista e surfista Guido Schäffer (1974-2009).
Carreia de Jayme Monjardim
Jayme Monjardim começou a trabalhar na TV Globo em 1984, no folhetim Amor com Amor se Paga. Seu sucesso fez com que ele fosse escalado para corrigir a novela Partido Alto, também no mesmo ano.
E, trabalhou em Roque Santeiro (1985), uma das novelas mais brilhantes do Brasil. O que lhe fez ser promovido como direção-geral. Porém, no final dos anos 1980, foi contratado para a Manchete, onde dirigiu Kananga do Japão (1989), o estrondoso fenômeno de Pantanal (1990) e A História de Ana Raio e Zé Trovão. E, depois, A Idade da Loba (1995), na Band.
Em 1998, voltou a Globo para dirigir Chiquinha Gonzaga. Além de comandar outras séries de sucessos da emissora, como: Aquarela Brasil (2000), A Casa das Sete Mulheres (2003) e Maysa – Quando Fala o Coração (2009), uma clara homenagem à sua mãe, a cantora Maysa Matarazzo (1936-1977).