Pedro Bial recebeu Ney Matogrosso no Conversa com Bial na noite da última quinta-feira (25). Na TV Globo, ele celebrou os 60 anos de carreira da TV Globo. Com décadas de uma imensurável carreira, ele é o artista vivo com mais temas em novelas, como o clássico com a banda “Secos & Molhados”, exibido pelo Fantástico.
Na atração, o cantor refletiu sobre seu estilo musical. “Ninguém tinha cantado e vestido do jeito que eu me vestia. Ninguém tinha cantando com o rosto escondido como eu. Acho que muita coisa foi atiçando o povo”. O artista relembra também a projeção que o Secos & Molhados ganhou depois da exibição do musical na década de 70: “Foi assim, o programa passou no Fantástico e ali começou, detonou. Nunca tinham visto aquilo”.
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O cantor somou sucessos com sua voz marcante. É o artista vivo com mais músicas em abertura de novelas. “Se eu vou cantar uma música que essas pessoas cantaram, eu tenho que oferecer outra leitura. E a leitura, eu faço dentro de mim”, frisou.
Na atração, o artista falou sobre a ditatura. “Eu tinha uma coisa que eu queria confrontar aquela história [da ditadura], eles próprios tinham problemas com a minha figura, vieram me dar uma dura um dia. Fomos chamados [junto com o grupo Secos e Molhados] para um jantar em São Paulo e disseram que não poderíamos cantar e dançar porque o que fazíamos parecia que éramos um grupo de homossexuais […], se eu parasse de fazer aquilo, não sabia fazer outra coisa […]”, contou.
Ele também falou sobre o uso da máscara no início da carreira. “Era para me poupar do desprazer de não andar na rua, porque diziam que artista não andava na rua […]. Depois do show no Maracanãzinho [com o Secos e Molhados, em 1974], estava na praia e ficava só ouvindo as pessoas falarem ao meu respeito”.