Wilkson Kirsche, repórter da RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, foi demitido da emissora após um trabalho de 28 anos. Ele era o grande responsável pelas entradas em nível nacional para o Bom Dia Brasil e Jornal Nacional. E, inclusive, frisou que esperava ser demitido. “Saio sem rancores”, contou nas redes sociais.
No Instagram, o jornalista contou mais detalhes sobre sua saída num texto de despedida. “Não dá para alegar surpresa. Havia um ‘climão’, e dezembro é o mês em que, tradicionalmente, a firma sempre chacoalha o cajueiro. Não falha um. E, dessa vez, quem caiu fui eu”, iniciou.
“Entre idas e vindas, foram 28 anos na RPC. Nesse tempo, gravei reportagens para todos os programas e telejornais da Globo. Trabalhando, percorri 20 Estados. Cobri ainda crises (Paraguai e Argentina), quarteladas (Paraguai e Bolívia) e cúpulas de chefes de Estado (Colômbia, Paraguai e Argentina). Ganhei prêmios e muitos amigos”, continuou.
O jornalista, no entanto, analisou que teve uma trajetória muito boa no meio. “Não é pouco para minha história, quase uma impossibilidade estatística (sem autopiedade): garoto do interior, egresso de escola pública, filho do meio de pais de pouca leitura”, disse.
“Mas foi com o esforço e incentivo deles que me formei em Jornalismo pela UEL (Universidade Estadual de Londrina), e o restante desse ‘causo’ muitos de vocês puderam acompanhar”, continuou.
O jornalista contou que, não sabe os motivos reais da sua demissão. “Se você chegou até aqui, clique na tela ‘pular’ para saber ‘os motivos’. Os reais nunca são revelados , e os que são ditos vêm com o disfarce do blábláblá corporativo. A essa altura, pouco importa também”, frisou.
“Saio sem rancores nem remorso, orgulhoso da carreira que construí com a ajuda e orientação de muitos colegas. A eles, minha gratidão”, finalizou.